Ponto – Exús

Chamada

“Angola”

Maria Figueira

Balança figueira
Balança figueira
Balança figueira que eu quero ver Exú cair
Não estou vendo (nome da Entidade) aqui
Balança figueira pra ele cair

“Angola”

Deu meia noite, a lua se escondeu
La na encruzilhada dando a sua gargalha
Seu (nome da Entidade) apareceu
Elaroye e laroye laroye
E mojuba mojuba mojuba
Se ele e odara dando sua gargalhada
Quem tem fé em (nome da Entidade) e só pedi que ele da

“Barra-vento”

De unhas grandes
O braço forte (nome da Entidade) vem trazendo a sorte

“Congo”

Olha quem tá lá no portão
De capa e cartola tridente na mão
Será sera (nome da Entidade) Exú
Será será (nome da Entidade) Pombagira
Será será (nome da Entidade) Exú-mirin
Será (nome da Entidade) Pombagira-mirin

“Angola”

Ogum Exú pedi licença
Pro seu povo ele arriar
Mas ele e um Exú guerreiro
Vem trazendo forças
Para esse terreiro

Sustentação

“Nagô”

Sete encruzilhadas

Sete sete sete
Oi Sete Encruzilhada toma conta
Presta conta e no romper da madrugada

“Congo”

Foi, foi no clarão da lua, que eu vi acontecer
La nos domínios da encruzilhada, seu (Exú – nome da Entidade) aparecer
Foi demanda foi mandiga, foi um golpe certeiro
Inimigos de (Exú – nome da Entidade) vão dormir no cativeiro
E no alto da colina (Exú – nome da Entidade) gargalhava
Apontando sua espada tridente corrente
Em direção a encruzilhada

“Angola”

Sete Caveiras

Soltaram pode preto meia noite na Calunga
Ele correu os 7/4 cantos foi parar lá na porteira
Bebeu marafo com Sete Caveiras e Tata Caveira

“Angola”

Tranca Rua

Deu um clarão na encruzilhada
E do clarão surgiu uma gargalhada
Não era o sol não era a lua
O que brilhava era o mestre Tranca Rua

“Angola”

Tranca Rua

Eu amei alguém
Mas esse alguém já não ama mais ninguém
Eu amei o sol eu amei a lua
Na encruzilhada
Eu amei seu Tranca Rua

“Angola”

Tranca Ruas

Mas ele e filho do sol
Ele e neto da lua
Quem cometeu as suas faltas
Peça perdão pra seu Tranca Ruas

“Angola”

Tranca Ruas

Seu tranca ruas tem uma tesoura
Pra corta língua de falador

“Angola”

Tranca Ruas

Tanto sangue derramado
Oh luar
Em cima do frio chão
Oh luar
Oh luar o luar
Oh luar
Ele e o dono da rua
Oh luar
Quem cometeu as suas faltas
Oh luar
Peça perdão ao Tranca Ruas

“Angola”

Riquaquaqua que linda risada que Exú vai dar (bis)
Que linda risada que Exú vai dar
Mas que linda risada riquaquaqua (bis)

“Nagô”

(Exú – nome da Entidade) e rei da encruzilhada
Toma conta presta no romper da madrugada

“Ijexá”

Sete Encruzilhadas

Era meia noite quando o patrao chegou (bis)
Corre gira corre gira ta chegando a madrugada
Salve Exú, salve Exú das Sete Encruzilhadas

“Nagô-Angola”

Exú do Lodo

Exú miúdo Exú do lodo
Ninguém pode comigo eu posso com tudo
La na encruzilhada eu so o Exú do lodo

“Congo”

Quando passar na encruzilhada
Oi não se esqueça de olhar pra trás
Quando passar na encruzilhada
Oi não se esqueça de olhar pra trás
Olha lá que lá tem morador seu (Exú – nome da Entidade) e quem mora lá
Ele já foi padre já rezo missa e batizado
Hoje mora lá

“Nagô”

Sete Encruzilhadas

Rei da porteira da Calunga sô
Foi no campo de Marabô
Corre corre encruzilhada
Seu Sete Encruza já chego

“Nagô”

Exú Marabô

Marabô ieeee
Marabô iaaa
Cadê Marabô cadê Marabô cadê Marabô Marabôia

“Congo”

Sete Encruzilhadas

Ogum mando louvar Exú
Laroye laroye laroye laroye
Ele e tatá na Calunga
ele e bamba na encruza
Laroye laroye laroye laroye
Sua capa e preta e encarnada
Laroye laroye laroye laroye
Ele e meu amigo é Sete Encruzilhadas
Laroye laroye laroye laroye

“Congo”

Exú Caveira

Ê Caveira firma seu ponto na folha da bananeira
Ê Caveira firma seu ponto na folha da bananeira

Quando o galo canta é madrugada
Um Exú na encruzilhada, batizado com dendê
Eu rezo uma oração sempre pra frente
Ela quer ver se a chama é quente ele é Exú alaroê
Eu ouço a gargalhada de tranca rua
O Caveira é o enviado nos quatro cantos da rua
É ele quem comanda o cemitério
Catacumba tem mistério seu feitiço tem axé

Ê Caveira firma seu ponto na folha da bananeira
Ê Caveira firma seu ponto na folha da bananeira

E na Calunga quando ele aparece
Cantemos, eu rezo prece para o Exú dono da rua
E creio na força desse momento
E afirmo meu pensamento nos quatro cantos da rua
E peço a ele que me proteja onde quer que eu esteja
Nessa longa caminhada
Mas eu confio em sua ajuda verdadeira ele é Exú Caveira Senhor da encruzilhada

“Angola”

Exú plantou bananeira meia
Noite planto um galho no meio do caminho
Sai da frente que esse cabra e valente
Depois da meia noite ele vira feiticeiro
Ele vai girar ele vai girar
La na porteira ele vai gira

“Angola”

Exú ganho um gado
Mas não quis comer sozinho
Ele chamou seus camaradas
Pedado por pedacinhos
Ai chego seu lúcifer
A pombo gira não e homem
Ela e mulher

“Angola”

Exú Caveira

E puere e puera
Olha mosca varejeira
Salve Exú Caveira

“Angola”

Diz Exú não e marinheiro
Pra amarrar toco no mar
Chove chuca cai sereno
Toco no mesmo lugar

“Nagô”

Eu vou botar fogo no mundo
Quero ver folha verde queimar
Quero ver a terra extremecer meu senhor
Quando a sua falange chegar

“Angola”

Sete Encrzilhadas

Oi dizem que Exú so bebi da risada
Mas ele e Exú e o Rei das Sete Encruzilhadas
Seu Sete quem manda rua e nao tem mistério
Mora lá na encruza lá no cemitério
A sua gira e forte não tem caçuada
Depois da hora grande
Vai girar na encruzilhada

“Angola”

Senhor Pinga Fogo

Eu vi alguem parado
No centro do Calunga
Vestindo preto e vermelho
Gargalhando em sua tumba
Ele é Exú morador do cemitério
Ele é seu Pinga Fogo
E carrega o seu mistério

“Barravento”

Senhor Morcego

Em uma noite de luar
Em uma noite de luar
Foi quando eu vi um Exú
Ele tava trabalhando
Ele me disse não tenha medo
Eu to aki eu sou Exú Morcego

“Angola”

Rodeia rodeia
Rodeia meu santo antonia rodeia
Santo e pequinininho
Amansador de burro bravo
Quem mexer com (Exú – nome da Entidade)
Ta mexendo com o diabo
Sete vezes no caminho
Sete vidas um destino
Sete amores são as historias
Desse Exú trabalhador
Com ele sempre ao meu lado
Sei que estarei de pé
Ao ouvir sete encruzilhadas
O meu amigo de fé
Era madrugada
Quando uma gargalhadana
Na encruza ecoou
A lua brilhava
A rua iluminava
Os caminhos por onde Exú passo
Quando o galo canta e horaa
Sete vezes o sino bateu
Com sua capa Exúberante
Homem nobre e brilhante
Seu Sete Encruza apareceu
Fentiços e mandigas
Sei que ele vai desmanchar
Ele corta demanda
Com a força do seu axe
Sete facas fincadas
Na encruza eu encontrei
Ele e seu sete
O dono da rua onde ele e rei

“Angola”

Sete Encruzilhadas

Tenho Sete Encruzilhada, com caveira na porteira guardando a minha gira
Quem ajuda e Tata, seu Morcego, Gato Preto, Sete Caxoeiras ta lá
Tenho ainda Capa Preta, Tranca Tudo, Tiriri, e o seu Pantera Negra
Sete Covas, Meia-Noite, e Tranca Rua das Almas
Sem licença na porteira quero ver quem vai passar

“Ijexá”

Sua capa de veludo quando passo deixo por lá
Quando deu meia noite Sr. (Exú – nome da Entidade)
Foi la buscar

Subida

“Barra-vento”

Exú trabalhou Exú curiou
Exú ja vai embora
Sua banda lhe chamou

“Barra-vento”

E de corococo seu cangira
O galo ja canto seu cangira
E no romper da aurora seu cangira
Exú já vai embora seu cangira

“Nagô”

Exú se despede vai embora
E na boca da mata
E na encruzilhada onde ele mora